Companheir@s,
Para quem acompanhou o debate da 1ª CONSEG todo o modelo de Segurança tinha como norte o modelo Colombiano, a fim de não declarar a cópia do modelo de Tolerância Zero de nova Iorque. No curso de Segurança Cidadã realizado em abril, em Canoas, em que parte dos membros das Comissões Organizadoras Estaduais do PR, RS e SC, debateram (e alguns se insurgiram contra – que foi o meu caso), com os Palestrantes Colombianos que solveram a violência e o medo das ruas de Bogotá.
Parte do debate extra-Conferência foi saber qual era o tamanho da cova que eles tinham feito para enterrar as vítimas desta limpeza urbana.
Nem precisou de muito tempo e sequer a implantação do modelo integralmente no Brasil, para saber que para esconder tanta gente e gerar tamanha sensação de segurança foi necessário cavar muito!
Assunto para Criminólog@ Cri-Crític@ ficar chocad@!
Deixo aqui meus sentimentos às vítimas deste modelo genocida da Colômbia!
Daniela Felix
Não vai dar no Jornal Nacional
Atualizado em 29 de janeiro de 2010 às 13:08 | Publicado em 29 de janeiro de 2010 às 13:03
Aparece uma vala comum na Colômbia com 2 mil cadáveres
Os corpos sem identificação foram depositados pelo Exército a partir de 2005
do jornal espanhol Público, sugerido por um leitor anônimo
por Antonio Albiñana, Bogotá, 26/01/2010
No pequeno povoado de Macarena, região de Meta, 200 quilômetros ao sul de Bogotá, uma das zonas mais quentes do conflito colombiano, está sendo descoberta a maior vala comum da história recente da América Latina, com uma cifra de cadáveres enterrados sem identificação, que poderia chegar a 2.000 segundo diversas fontes e os próprios residentes. Desde 2005 o Exército, cujas forças de elite estão baseadas nos arredores, depositou atrás do cemitério local centenas de cadáveres com a ordem para que fossem enterrados sem nome.
Trata-se do maior túmulo de vítimas de um conflito de que se tem notícia no continente. Seria preciso ir ao Holocausto nazista ou à barbárie de Pol Pot no Camboja para encontrar algo desta dimensão.
O jurista Jairo Ramírez é o secretário do Comitê Permanente pela Defesa dos Direitos Humanos na Colômbia e acompanhou uma delegação de parlamentares ingleses ao lugar faz algumas semanas, quando começou a se descobrir a magnitude da cova de Macarena. "O que vimos foi estarrecedor", declarou ao Público. "Infinidade de corpos e na superfície centenas de placas de madeira de cor branca com a incrição NN e com datas desde 2005 até hoje".
Desaparecidos
Ramírez acrescenta: "O comandante do Exército nos disse que eram guerrilheiros, baixas em combate, mas as pessoas da região dizem que são líderes sociais, camponeses e defensores comunitários que desapareceram sem deixar rastro".
Enquanto a Promotoria anuncia investigações "a partir de março", depois das eleições legislativas e presidenciais, uma delegação parlamentar espanhola integrada por Jordi Pedret (PSOE), Inés Sabanés (IU), Francesc Canet (ERC), Joan-Josep Nuet (IC-EU), Carles Campuzano (CiU), Mikel Basabe (Aralar) e Marian Suárez (Eivissa pel Canví) chegou ontem à Colômbia para estudar o caso e fazer um informe para o Congresso e a Eurocâmara. Para investigar a situação da mulher como vítima e os sindicalistas (somente em 2009 foram assassinados 41), também vão trabalhar em outras regiões do país.
Mais de mil covas
O horror de Macarena trouxe de volta o debate sobre a existência de mais de mil covas comuns de cadáveres sem identificar na Colômbia. Até o final do ano passado, os legistas haviam contados cerca de 2.500 cadáveres, dos quais haviam conseguido identificar 600 para entregar os corpos a seus familiares.
A localização destes cemitérios clandestinos foi possível graças a declarações dos chefes de médio escalão dos paramilitares desmobilizados, anistiados pela controvertida Lei de Justiça e Paz que garante a eles pena simbólica em troca da confissão de seus crimes.
A últimas destas declarações foi de John Jairo Rentería, o Betún, que acaba de revelar à Promotoria e aos familiares das vítimas que ele e seus sequazes enterraram "mais ou menos 800 pessoas" na fazenda Villa Sandra, em Porto Asís, região de Putumayo. "Era preciso esquartejar as pessoas. Todas as Autodefesas [grupo paramilitar] tinham que aprender isso e muitas vezes se fazia com as pessoas vivas", confessou o chefe paramilitar ao promotor de Justiça e Paz.
--
Paulo Eduardo Berni
(51) 9914.7154
Nenhum comentário:
Postar um comentário