Blogueiros parceiros de 2009-2010, Feliz Ano Novo. Comecei este espaço para compartilhar um pouco e o resultado me foi bom. Que se possa ser feliz nos limites de cada um, e do outro. Li e gostei do que segue, embora sempre se possa criticar. Não é o caso do momento.
Abraços
Alexandre Morais da Rosa
Jorge Forbes (No you tube, clique aqui)
Rádio Eldorado
Comentário que foi ao ar em 31/12/2003
Não adianta você querer dizer que nada tem a ver com isso, que é só uma data no calendário, que o Ano-novo não muda nada, que todo dia é igual ao outro, que você está acima ou indiferente a essas convenções sócio-comerciais, que o Ano-novo é patrocinado pelas agências de turismo, como o Natal seria invenção do clube dos lojistas. A sociedade vive de pactos e convenções, que podem ser discutidos mas não desprezados. Do contrário, seria como dar um tiro no próprio pé. Não se caminha sem acordos de convivência. E alguns, como o Ano-novo, dada sua extensão universal, têm uma força simbólica real, que não permite indiferença. Até aquele mal-humorado que prefere ir sozinho à última sessão de cinema do dia 31 de dezembro, e que antes da meia-noite já está dormindo, não escapa ao Ano-novo. Não querer ver a entrada do ano é uma reação negativa, mas é uma reação.
E todos os anos se renovam as promessas, mesmo que sejam as mesmas das últimas décadas – sempre anunciadas, nunca cumpridas – sem nenhuma vergonha do pecado. O Ano-novo lava a alma do passado e estabelece um “daqui para a frente”.
E a psicanálise, tem algo a dizer sobre as boas intenções do Ano-novo? Sim, tem. Ao menos em dois aspectos. “Você quer o que você deseja?“, seria o primeiro; o inexorável da surpresa, o segundo. Muitas das promessas ficam só nas promessas, porque é bastante comum não se querer o que se deseja. Esse aspecto até auxilia os analistas no diagnóstico. Obsessivos seriam os que só querem o que não desejam, pois assim não arriscam perder o que lhes é mais precioso, mantendo-o escondido a sete chaves; e histéricas aquelas que, eternamente insatisfeitas com o que obtêm, desejam sempre outra coisa. Querer o que se deseja implica o risco da aposta – toda decisão é arriscada – e a coragem de expor sua preferência, mesmo sabendo que toda carta de amor tende ao ridículo, como lembra Fernando Pessoa.
Então, no Ano-novo, uma promessa analítica, se existisse, seria suportar querer o que se deseja e não temer a surpresa do próprio Ano-novo. O momento mesmo do réveillon é o melhor exemplo do imprevisível: embora todo mundo saiba quando ele vai nascer, embora (tal qual obstetras do futuro) acompanhemos a contagem regressiva do nascimento em voz alta, não conseguimos evitar a curiosidade entusiasmada de ver sua cara em meio à sinfonia dos fogos de artifício e das bolhas de champanhe.
E todo Ano-novo é multifacetado, tem uma cara para cada um, é o que o difere do Ano-velho, com suas conhecidas rugas e rusgas.
Tanto melhor, amigo, se o Ano-novo o encontrar feliz.
Tanto melhor, amigo, se o Ano-novo o encontrar feliz.
Tanto melhor, amigo, se o Ano-novo o encontrar feliz.
Valeu garoto! Sou-lhe grato pela parceria de sempre. Grande 2010 pra vc e pra todos os seus. Julio Marcellino.
ResponderExcluirMesmo desconhecida e um tanto anônima, agradeço pelo que compartilhaste no blog!
ResponderExcluirVotos de um 2010 cheio de saúde, sabedoria e um pouco de poesia...
"Que tenhas sabedoria e discernimento
Pra manter o que te faz bem,
Mandar embora o que te faz mal,
Chacoalhar o que te mantém na mesma e
Receber o que vier de novo!!!
Abraço e sucesso!