Guia Compacto do Processo Penal conforme a Teoria dos Jogos

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Alexandre Morais da Rosa

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11/12/2009

Economia e Crime

  • Os brasileiros já estão acostumados com os discursos dos economistas e suas famosas previsões, nem sempre tão precisas assim. Mas este livro de economia é diferente, é sobre freakonomics - um termo cunhado pelo autor, algo como economia bizarra. E Steve Levitt não é um economista comum. Pergunte a ele sobre a queda do dólar ou os rumos da economia mundial e ele responderá um surpreendente "não sei".

  • Ultimamente as pessoas têm recorrido a ele com perguntas tão estranhas à área de economia como, por exemplo, "que nome devo dar ao meu filho?" ou "a medida x irá melhorar a segurança pública?".

  • Isto porque ele prefere usar as ferramentas da economia aprendidas em Harvard para inquirir sobre perguntas do cotidiano. Os economistas possuem amplo conhecimento na área de estatística e análise de variáveis, o que lhes permite determinar, na maioria dos casos, qual fator realmente representa uma relação de causa e efeito com um fenômeno estudado. Também estudam o mercado, ou seja, como as pessoas reagem a certos acontecimentos, ou incentivos, como eles gostam de dizer. Assim quando as perguntas certas são feitas é possível chegar ao cerne de questões simples como que nome devo dar a meu filho ou questões de grande importância como porque houve uma queda surpreendente na violência nos EUA anos 90. E nem sempre os resultados obtidos estão de acordo com o senso comum.

  • Por exemplo, ao analisar a queda dos índices de violência nos EUA durante a década de 90, ele considerou vários fatores, como leis mais rígidas, campanhas de desarmamento, aumento do número de policiais, políticas de tolerância zero, dentre outros. Mas não havia relação de causa e efeito entre estes fatores e o controle da criminalidade. Foi muito longe das medidas usuais de segurança pública que Levitt achou a causa: uma decisão judicial que deu o direito ao aborto a uma mulher nos anos 70 era a causa da queda criminalidade nos anos 90. Steve não é pró-aborto, ele simplesmente analisou os fatos de forma imparcial e procurou as causas em outras áreas. Duas décadas anos depois que o aborto foi legalizado nos EUA, exatamente a época em que as crianças nascidas nos anos 70 em condições sociais péssimas estariam no pico de atividade criminosa, a violência caiu. Quer mais um argumento a favor? Os estados americanos que liberaram o aborto primeiro foram os primeiros a registrar esta queda, assim como os que liberaram mais tarde demoraram mais para registrá-la. Bem que a capa do livro já nos alertava: às vezes quando cortamos maçãs, encontramos laranjas. Este capítulo é um dos mais polêmicos e só ele já valeria pelo livro inteiro, ainda mais em tempos de discussão sobre segurança pública no Brasil. Mas Levitt ainda nos traz análises deliciosas de assuntos diversos: como determinar se os professores ajudam os alunos a tirar notas melhores nos testes de avaliação do ensino; o impacto da assimetria de informações nas operações da Ku Klux Klan (mostrando que a tão temida organização era formada por pessoas com idade mental de 8 anos); como a estrutura organizacional das gangues de crack é idênticas às das empresas privadas mais competitivas e também qual a real influência dos pais no desenvolvimento dos filhos.

  • Escrito em linguagem acessível e bem humorada este livro é ótimo para exercitar a noção de que o senso comum pode estar errado e que nem sempre correlação significa causação, coisas que trabalho científico exige, mas que por vezes são deixadas na mesa de trabalho e não são trazidas para o dia-a-dia.

  • Publicado em português pela Editora Campus, com o nome Freakonomics : O Lado Oculto e Inesperado de Tudo que nos Afeta.

Ana Luiza Barbosa de Oliveira

Origem http://www.projetoockham.org/livros_freak.html

Um comentário:

  1. Comentário atrasado (o post tem quase duas semanas), mas Freakonomics é, provavelmente, um dos melhores livros de não-ficção que já li. A análise do desempenho financeiro de quem vende crack serviria como uma luva para a estrutura de recrutamento de jogadores de futebol no Brasil, aliás.

    O mais recente SuperFreakonomics é bom também, mas como venho acompanhando o trabalho de Levitt e suas palestras no TED (www.ted.com - site fortemente recomendado também), muita coisa acaou repetida no livro.

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