Drogas como cocaína e crack estão sendo vendidos em bocas de fumo do país misturados a gasolina, cafeína, fermento, anestésicos e até vermífugo. A informação é da reportagem deÍtalo Nogueira publicada na edição desta segunda-feira da Folha.
A portagem completa está disponível para assinantes da Folha e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Análises feitas pelo Inmetro e pelo ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) do Rio mostram que em alguns casos a droga é o que menos compõe os papelotes e pedras comercializadas por traficantes.
O levantamento deve ser usado em uma cartilha para que médicos considerem também o efeito dessas substâncias durante o tratamento.
Além de substâncias como gasolina e cafeína, quase metade das amostras de cocaína em pó analisadas tinham também presença de anestésico local. De acordo com a pesquisa, o objetivo é ludibriar o usuário sobre a pureza da droga.
Defender a Marcha da Maconha me faz um criminoso?
Não fumo maconha e conheço perfeitamente os perigos de usar essa droga --aliás, também não fumo cigarro. Sou dos que defendem a restrição à publicidade de bebida e sempre criticou o uso de celebridades para vendê-la. Mas acho que as pessoas têm o direito de expressar publicamente suas ideias. Dai não conseguir entender a proibição da Marcha da Maconha e, muito menos ( muitíssimo menos) a manifestação programada para criticar a violência policial.Há um grupo cada vez mais influente de cientistas, educadores e políticos pelo mundo que defendem a seguinte ideia: liberar as drogas causaria menos danos do que proibi-la. Pelo menos o poder público poderia fiscalizar sua qualidade.
O apoio é ainda maior quando eles falam da maconha que, segundo toneladas de estudos, apesar de todos os riscos, causa menos danos que todas as demais drogas. Inclusive quando comparado ao cigarro e à bebida alcóolica.
Isso significa que, ao defender esse ponto de vista, eu estaria incitando o uso das drogas e este artigo deveria ser proibido?
Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário