Presas são acorrentadas na delegacia de Palhoça
A única cela da unidade está superlotada com 13 pessoas
Duas detentas da delegacia de Palhoça, na Grande Florianópolis, tiveram que ser acorrentadas nas grades de uma cela improvisada que fica ao lado dos plantonistas por falta de um local adequado para abrigá-las. Uma delas reclamou da situação:
— Isso aqui é humilhante para qualquer ser humano, acorrentada desse jeito, parece bicho.
Além disso, 13 presos superlotam a única cela da delegacia, que segundo a Vigilância Sanitária tem condições para abrigar apenas três pessoas. Na manhã desta quinta-feira, os presos reclamaram do calor insuportável dentro do cubículo e foram retirados do local. Os detentos denunciam que o ambiente está provocando doenças respiratórias e de pele.
Para atender os presos, os investigadores precisam suspender as atividades policiais. A única delegacia da cidade tem cerca de 300 inquéritos para serem investigados, casos que na grande maioria estão parados pelo déficit de policiais.
Com a carceragem lotada, os únicos dois agentes que trabalham na investigação são obrigados a assumir a função de carcereiro. O delegado de Palhoça não quis dar entrevista, mas confirmou que existe a situação de desvio de função dos policiais para atender a carceragem, o que atrapalha as investigações.
Segundo o Departamento de Administração Prisional (Deap), mais agentes devem ser contratados para dar conta do serviço.
Confira a matéria da RBS TV
enquanto isso, o povo - sem instrução - aplaude.
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