SARNEY E O GOLPE FATAL NA DEMOCRACIA!
Sarney acaba de defender a revogação do chamado Estatuto do Desarmamento, aquele que aprovado ao apagar das luzes de 2003, ainda sobre a vigência do mensalão, prometia acabar com os homicídios, diminuir a criminalidade e desarmar os criminosos e malucos. Ele ainda vai mais longe, defende que uma nova lei seja aprovada imediatamente proibindo qualquer possibilidade do cidadão possuir uma arma legal.
O chamado Estatuto do Desarmamento falhou inexoravelmente em todos os quesitos que se propôs a trazer melhoras. Nos últimos dados divulgados pelo Ministério da Justiça, o número de homicídios ultrapassa novamente a casa dos 50 mil mortos, a violência assola o Brasil, os malucos compram armas ilegais sem qualquer problema e os traficantes e membros do crime organizado desfilam com seus fuzis e metralhadoras.
Mas voltemos ao Sarney, não se trata de qualquer um, não se trata apenas de um político demagogo querendo chamar atenção. Ele não precisa disso, afinal, de forma direta ou indireta está no poder há mais de 30 anos ininterruptos, com democracia ou na ausência dela. Trata-se do presidente do Senado Federal, que quando fala em nome daquela casa, de seus integrantes e no atual momento do próprio governo federal.
Sarney então propõe na prática que o resultado do referendo de 2005 seja apagado, cancelado por decreto! Será que todos conseguirão entender a gravidade disso? O duro golpe que a nossa recém-nascida democracia irá levar? O perigo de se abrir um precedente onde o “clamor popular” é mais forte que o voto e a constituição?
A verdade é que não existe democracia onde o voto da maioria não é respeitado! Caminhamos para uma democracia de faz-de-conta. Uma democracia como a de Hugo Chaves e outros tantos tiranetes que infestam o mundo. Um exemplo do que não se pode fazer em uma democracia.
O mais grave é verificar o silêncio quase unânime da oposição, da imprensa, dos formadores de opinião. Triste Brasil onde democracia é quando eu mando em você e ditadura é quando você manda em mim. Onde o sangue de crianças em uma pobre escola de periferia, sem segurança nenhuma, é usado para escrever o AI-5 da “segurança pública”.
Bene Barbosa
Abraço,
Equipe Superinformativo
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