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25/06/2010

A ausência de limites - terror ordinário

07/06/2010 - 18h45 / Atualizada 07/06/2010 - 18h47
Médicos da CIA fizeram

experiências com presos



WASHINGTON, 7 Jun 2010 (AFP) -Médicos americanos fizeram experimentos com prisioneiros suspeitos de terrorismo e interrogados pela CIA após o 11 de setembro, revela um relatório publicado nesta segunda-feira pela organização Physician for Human Rights (PHR), que pede a abertura de uma investigação.

A organização de médicos em defesa dos direitos humanos, que se apoia em documentos públicos, afirma que profissionais da saúde empregados pela CIA não se contentavam em "acompanhar" os interrogatórios de "detidos de maior importância". Também "extraíam conhecimentos gerais com o objetivo de aperfeiçoar os métodos" de obter informação dos suspeitos.

"Há provas de que os médicos avaliavam a dor causada pelas técnicas de interrogatórios e buscavam melhorar seus conhecimentos a respeito", explicou Nathaniel Raymond, dirigente da PHR, em uma entrevista à imprensa.

Os médicos da CIA serviam também como testemunhas, caso fosse necessário atestar que os interrogadores agiam de boa fé, sob instruções e na presença de um profissional de saúde.

Pelo menos 14 detidos desapareceram das prisões secretas da Agência Central de Inteligência (CIA) entre o final de 2001 e setembro de 2006 e reapareceram no centro de detenção da base naval americana de Guantánamo, na ilha de Cuba. Entre eles, pelo menos dois foram submetidos a simulações de afogamento (submarino) e todos foram submetidos a programas de privação de sono, nudez forçada e exposição a temperaturas extremas, segundo os documentos publicados em agosto de 2007 e nos quais se apoia a PHR.

Ainda que a utilização de tratamentos cruéis e subumanos tenha sido documentada anteriormente, a PHR afirma que os novos dados evidenciam uma participação ativa dos médicos em investigação e experimentação efetuadas com detidos sob custódia americana.

Como exemplo, em seu relatório, a ONG explica que os médicos observaram que a simulação de afogamento, se repetida muitas vezes com água simples poderia causar pneumonia. Eles recomendaram, portanto, que fosse utilizada uma solução salina.

A diferença entre a simulação de afogamento praticada no início, a partir de experiências pontuais com soldados voluntários, e depois da intervenção dos médicos "indica que os médicos da CIA participaram da modificação da técnica", afirma a ONG.

"Esses atos (...) violariam os padrões da ética médica, assim como da lei nacional e internacional", explica o documento, acrescentando que "em alguns casos, essas práticas podem constituir crimes de guerra e contra os direitos humanos".

Segundo o relatório, os Estados Unidos elaboraram, após os atentados de 11 de setembro de 2001 contra Washington e Nova York, uma lista de "técnicas de interrogatório aprimoradas", que depois foram amparadas legamente pelo departamento de Justiça, algumas delas até o final da gestão de George W. Bush, em janeiro de 2009.

2 comentários:

  1. Freud nos ensinou que o ser humano em condições favoráveis utiliza o seu semelhante, não como mero objeto de desejo, mas como objeto de gozo e é capaz dos atos mais sádicos. Lembremos que o homem quando "podia" escravizava seus irmãos, jogava-os aos leões para se divertir, etc. O pacto civilizatório tem que ser sempre lembrado para que a pulsão de morte não promova, ainda mais, violentos e cruéis crimes.
    A natureza do pacto civilizatório é da ordem da cultura, precisa ser lembrado, induzido, estimulado. Portanto, o pacto é sempre um processo instável e contraditório, submetido a uma tensão constante em face à pressão das forças pulsionais e confrontado pela insubordinação do desejo.
    Bem, não se pode permitir que existam condições favoráveis para o não cumprimento do pacto civilizatório e o problema é que existem muitas exceções.
    Abraços

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  2. Sim, lembro-me desta notícia no começo do mês. Só uma coisa veio à minha mente: os "avanços" da medicina nazista nos campos de concentração.

    Essa notícia só prova que não avançamos em nada.

    Da mesma forma, reitera o que já alertou Eric Hobsbawn (Globalização, democracia e terrorismo, 2007): que os Estados Unidos não respeitam as Nações Unidas e que não estão submetidos a nenhuma ordem dita internacional. Eles deitam e rolam nos Direitos Humanos.

    Concorda, Dr. Morais da Rosa?

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