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02/07/2012

CNJ




Fonte: AGÊNCIA CNJ DE NOTÍCIAS
Data: 29/06/2012             - 16h04

Conselheiro rejeita ideia de juízes como “máquinas de             sentenças”

Conselheiro Jefferson Kravchychyn (à             esq.) ao lado da presidente do TRT12, desembargadora Gisele Pereira             Alexandrino, e do conselheiro José Lúcio Munhoz durante lançamento             do Programa Valorização – Juiz Valorizado, Justiça Completa, em             Florianópolis (SC).
Durante o lançamento do Programa Valorização – Juiz Valorizado,             Justiça Completa, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o             conselheiro Jefferson Kravchychyn defendeu, nesta sexta-feira             (29/6), em Florianópolis (SC), que as administrações dos tribunais             vejam e tratem os juízes como “indivíduos, como pessoas, não como             máquinas de sentença”. O programa tem o objetivo de subsidiar o CNJ             e os demais órgãos do Poder Judiciário na elaboração de políticas             públicas voltadas ao reconhecimento da importância do trabalho dos             magistrados para o bem-estar da sociedade.
“Temos hoje um sistema judicial perverso. As grandes vítimas são             os nossos jurisdicionados, nossos advogados, servidores e             magistrados. O grande problema hoje do sistema judicial são as             pessoas. Tratamos a magistratura como se fosse algo monocelular. Mas             a magistratura é feita de magistrados, indivíduos, que têm             sentimentos, que têm vontade, traumas, problemas e qualidades. Mas             os magistrados são tratados de forma igual, quando deveriam ser             tratados de forma diferente”, afirmou o conselheiro Jefferson             Kravchychyn, integrante da Comissão Permanente de Eficiência             Operacional e Gestão de pessoas do CNJ.
O conselheiro observou que, em função das cobranças por             produtividade e da falta de atenção aos aspectos pessoais dos             magistrados, muitos deles, desestabilizados emocionalmente, acabam             cometendo faltas funcionais ou éticas.
“Muitos juízes que têm histórico de vida ilibada, homens             respeitados, de repente, por problemas pessoais, por excesso de             trabalho, por vários problemas, passam a cometer várias faltas,             funcionais ou éticas. Nestes casos, o juiz não deve ser punido, ele             deve ser tratado”, afirmou Kravchychyn, lembrando que, com esta             visão, o CNJ já reformou decisão de um tribunal que puniu magistrado             que necessitava de tratamento.
Já o secretário de Comunicação Social do CNJ, Marcone Gonçalves,  defendeu que os tribunais adotem políticas de Comunicação e             fortaleçam as assessorias encarregadas de estreitar o diálogo entre             o Judiciário e a sociedade. Segundo ele, em função da ascensão             social de milhões de brasileiros, verificada nos últimos anos, cada             vez mais a população volta sua atenção a temas relacionados ao             Direito e à Justiça. Ele deu como exemplos os 1,5 milhão de acessos             mensais ao site do CNJ na internet e os 120 mil seguidores do órgão             no Twitter.
O Programa Valorização – Juiz Valorizado,             Justiça Completa atende aos objetivos estratégicos firmados pelo CNJ             na Resolução 70/2009, que trata do planejamento e da gestão             estratégica no âmbito do Poder Judiciário. Este primeiro encontro,             em Florianópolis, tem a participação de magistrados da região Sul,             com juízes e desembargadores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e             Paraná. Posteriormente, o programa será lançado nas demais regiões             do País.
Jorge Vasconcellos

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