Guia Compacto do Processo Penal conforme a Teoria dos Jogos

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Alexandre Morais da Rosa

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28/01/2009

Artigo do Júlio. E tem gente que acredita no Obama...

ARTIGO
Obama na Casa Branca, por Julio Cesar Marcellino Jr.*
“Sim, nós podemos!” é o mote cativo e propagandístico do momento. Pelo menos essa é a mensagem que se pôde extrair do episódio global mais esperado dos últimos tempos: a posse do primeiro negro como presidente dos Estados Unidos, que responde, ironicamente, pelo nome de Barack Hussein Obama.Tudo estava lá, arquitetado no melhor estilo circense-espetaculista: um palco montado, bandeiras tremulantes, figuras ilustres, povão na plateia, rituais de honraria, sacralização bíblica de juramentos, apresentações com popstars, discursos, promessas, emoção..Porém, diante desse cenário hollywoodiano, algumas perguntas insistem em não se calar: o que há de tão sedutor nesse episódio, capaz de levar multidões a encararem temperaturas abaixo de zero e outras multidões, de outros países, a assistirem pela TV a uma posse de transmissão de cargo presidencial? Quais seriam as suas implicações? A quem interessa esse espetáculo?Dentre as possíveis respostas pode-se afirmar, considerando tratar-se de uma guinada sem precedentes na história recente, que Obama, desejado ou não – e ainda que um filho de Harvard –, serve de bode expiatório para mostrar que a estrutura do capital não precisa mais de alguém ideologicamente alinhado às diretrizes do livre mercado, como é o caso de Lula. Fica claro que, por mais bem-intencionado que seja o novo presidente norte-americano, se tornará ele mais um refém do sistema fundamentalista financeiro de nossos tempos.Giram-se os discursos, as pessoas, as crenças, mas a estrutura econômica permanece intacta. Mesmo diante da crise financeira e do desgaste do atual modelo neoliberal, que impôs ao mundo um grau de espoliação e exclusão jamais vistos. Não mais importa se o presidente é socialista ou liberal; se é negro, mestiço ou operário. A estrutura continua a respirar e os lucros permanecem intocáveis – mas agora tendo o Estado como sócio, no conveniente formato Estado Corporatista.Outro aspecto não menos perturbador é que Obama tem sido utilizado perigosamente como modelo ao mundo. Trabalhando a caricutura de alguém que supera seu destino e alcança um posto, em princípio, inalcançável, relegitima o sistema. Assim, renova-se a imagem de democracia modelar “livre” que teve a capacidade singular de amortecer a brutal violência inerente ao capitalismo desregulado. Além disso, utiliza-se com habilidade a força e o simbolismo do gesto-exemplo para entorpecer os milhares de excluídos do sistema, blindando a ideologia e desconectando-a da realidade.É que com gestos como a suspensão de julgamentos na base de Guantánamo, a retirada das tropas do Iraque e a regulação do mercado para evitar novas bolhas financeiras, apagam-se as implicações pretéritas decorrentes desses episódios. Há uma manifesta e intencional desconexão entre esses acontecimentos e as responsabilidades.É de se perguntar: quem irá pagar pelas torturas em Guantánamo, pela pilhagem das riquezas iraquianas, pelas vidas ceifadas na guerra contra o terror e na Palestina – ocorridas pela omissão decorrente do vácuo de poder na transição norte-americana – e pelos bilhões de dólares do contribuinte que estão sendo entregues ao setor bancário e seguradoras? Deletar tais reflexões faz parte, sim, da estratégia. E dar-se conta disso é fundamental para que o consentimento a este enganoso discurso de mudança não se torne um fardo em nossas consciências.Advogado e professor universitário

5 comentários:

  1. Ainda que nos encante a imagem de OBAMA presidente, o artigo faz uma referência que merece destaque: " A estrutura continua a respirar e os lucros permanecem intocáveis – mas agora tendo o Estado como sócio, no conveniente formato Estado Corporatista".Fomos ao menos informados, antecipadamente, que iríamos pagar a conta?

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  2. Alexandre
    Estou empolgada por poder aprender mais com você! Serei frequentadora assídua. Um grande abraço,
    Karen

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  3. "Obama, desejado ou não – e ainda que um filho de Harvard –, serve de bode expiatório para mostrar que a estrutura do capital não precisa mais de alguém ideologicamente alinhado às diretrizes do livre mercado, como é o caso de Lula..."

    "Não mais importa se o presidente é socialista ou liberal; se é negro, mestiço ou operário. A estrutura continua a respirar e os lucros permanecem intocáveis..."

    O que esperar do futuro?

    Ou ainda, o que é pior, viver onde o capitalismo impera (como Brasil) ou onde o capitalismo encontra resistência (como Bolívia e Venezuela)?

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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